quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Sonhos de Consumo

Em cena: na loja de departamento

Determinado a começar uma vida "civilizada", Carlitos sai com a garota em busca de emprego. Mas uma vez, o acaso interfere em seu destino: ao passar em frente à uma elegante loja de departamentos, os dois ficam sabendo que o vigia noturno sofreu um acidente. Com a carta de recomendação do diretor da prissão, caidos pleiteia a vaga e consegue ser contratado. Os dois ficam felizes, cheios de esperança de que um novo emprego lhes permita concretizar seus sonhos de civilidade e consumo.
Quando a noite chega, todos se retiram e a loja fecha. Carlitos, o unico a ficar la dentro, corre então para porta dos fundos, pega a amiga que o espera do lado de fora e leva-a á lanchonete da loja, onde ela finalmente se alimenta de deliciosos sanduíches e bolo.

Apresentando Walter Benjamin

O pensador que nos aguardara a refletir sobre a cena a que acabamos de assistir chama-se Walter Benjamin. Com ele, iremos conhecer os chamados passagens, galerias parisienciense do seculo XIX cuidadosamente projetadas para atender e estimular o desejo de consumo das massas urbanas. Esses espaços inspiraram a loja de departamento de Carlitos ao Shopping Center que você provavelmente frequenta.
 Benjamin era alemão, mais morreu sem nacionalidade definida. Tomaram-lhe o passaporte alemão antes que conseguisse, como exilado politico, a cidadania Francesa.



A capital do século XIX

Benjamin escreveu vários textos em que toma a capital francesa como suporte para tratar temas como as reformas urbanas modernizadores, a sociedade de massas, a industria do enterterimento, surrealismo, entre muitos outros. Seu interesse era retratar Paris, não apenas como ambiente construindo suas avenidas, monumentos praças, mas tambem com experiençia.

Quando apostamos com Benjamin em Paris do seculo XIX, testemunhamos o surgimento de novos valores e novos padrões de convivência.

Ele chama nossa atenção para os grandes eventos históricos - são bastante duras suas criticas do governo "falsificado" de Luis Napolião - mas também para pequenos detalhes que são reveladores.
    Uma novidade aparentemente banal, como o surgimento do cataz, também ganha outra dimensão nas mãos de Benjamin.
Quando Benjamin reflete sobre o surgimento dos cartazes, além associá-los ao nascimento da nova sociedade de consumidores, eles também os vincula a chamada espetaculizarão da politica.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Expressão utilizada para um desejo de possuir algo muito especial e estimado
EX: Um carro é o meu sonho de consumo.

Sonho de consumo do brasileiro é um fracasso

 

Um dos fatos sociais pouco conhecidos do país é a expansão acelerada de escolas particulares de baixo custo nas periferias das grandes cidades. Em alguns lugares como Fortaleza, por exemplo, já tem mais alunos nas redes privadas do que públicas.
São mensalidades que cabem no apertado bolso da classe C, seguindo o caminho que, no passado, foi trilhado pelas mais ricos, que abandonaram a escola pública.
Essa tendência fica visível na pesquisa que o Datafolha divulgou sobre o sonho de consumo do brasileiro. O resultado reflete um fracasso.
Fracasso porque é uma resposta ao fato de que o brasileiro, se puder, paga para não depender de governos.
No ranking do Datafolha, o segundo mais importante sonho de consumo é poder pagar mensalidade para os filhos. Só perde para a casa própria. Está, inclusive, na frente da saúde.
Pesadelo consiste no seguinte. O brasileiro já paga mais de quatro meses de salário por ano apenas para manter os governo.
Ainda paga por serviços privados que deveriam ser mantidos pelo setor público.


Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/gilbertodimenstein/2013/08/1321745-sonho-de-consumo-do-brasileiro-e-um-fracasso.shtml